24 de junho de 2008

Só uma idéia

29/03/08 – Rancho Canabrava – 120kms:
Adulto – 5 conjuntos
Young Riders – 2 conjuntos

05/04/08 – Paraopeba – 120kms:
Adulto – 3 conjuntos
Young Riders – 2 conjuntos

19/04/08 – Haras Endurance – 120kms:
Adulto – 7 conjuntos
Young Riders – 7 conjuntos

07/06/08 – Campeonato Brasileiro – 120kms:
Adulto – 9 conjuntos
Young Riders – 10 conjuntos

Eu não sei qual o motivo deste baixo número de inscrições este ano, talvez no Brasileiro e no Haras Endurance tenha um pouco a ver com a prova de 160kms que ocorreu junto com a de 120kms. Mas, de qualquer maneira, não seria melhor ter tido provas com categoria única, com 7, 5, 14 e 19 concorrentes, respectivamente?

Acredito que todos os conjuntos se beneficiariam de correr contra mais concorrentes, tanto como forma de aprendizado quanto como participação em uma prova mais importante e competitiva. Afinal, isto é a essência de um esporte.

Numa prova de categoria única – e, portanto, com mais concorrentes – a vitória e cada posição valorizam-se, dando um outro status à prova e aos seus competidores. Além disso, ganha-se experiência fundamental para correr mundiais e outras provas internacionais nas quais largam mais de 100 competidores juntos.

Se nossas provas contassem com apenas uma categoria, nosso esporte ganharia muito. O maior exemplo disso era o Jequitibá Open quando não tinha uma prova de Young Riders um dia antes da prova de categoria única: na época era a mais competitiva e uma das mais esperadas do calendário. Suas chegadas, inclusive, ilustraram o quanto o esporte ganhava com este tipo de prova: num ano chegaram disputando Thayza Malouf e Mariana Cesarino; no outro Leco Razuck e Patricia Taliberti; e no último Lilian Garrubo e Ana Carla Maciel – todas disputas entre um adulto e um Young Rider que numa prova “normal” chegariam tranquilamente ao passo.

5 comentários:

Unknown disse...

Não é primeira vez em que se fala em provas de categoria única. Fora do pais, esse fato é mais comum e por isso geram cavaleiros jovens mais esperientes.

Eu que esse ano comecei a competir somente com os adultos percebo muito fácil a difereça de técnica e de competitividade. Principalmente porque os YR são todos muito amigos e acabam deixando a disputa somente para o final da prova, deixando de explorar o potencial do cavalo e deles mesmos.

Chegamos todos a categoria adulto muito inesperientes, mesmo que a maioria dos resultados ainda premiem mais os jovens.

Avz disse...

É verdade, Ana.
Na França acontece o contrário: são apenas 2 provas de Young Riders por ano (e mais de 30 de adultos).
Eu acredito que é importante competir com outras pessoas da mesma idade e momento no esporte, além de ter mais chance de ganhar. Mas ao chegar na longa distância, ao assumir que está pronto para comandar um cavalo 120kms, assume-se que esta fase já passou.

Sofia disse...

Olá todos,
faz tempo que quero parabenizá-los pelo Blog informativo e bem escrito. Da última vez por alguma razão não consegui enviar o comentário, então fica agora: parabéns e obrigada por partilharem sua vasta experiência com a gente, iniciantes no enduro! :-)

Quanto ao baixo número de inscrições deste ano, tenho um palpite ao tocante às provas realizadas no estado de SP: terá relação com a separação dos campeonatos de livre e de vel. ideal, à medida que os custos ficaram muito mais elevados?

Abraços, sucesso sempre!

Claudia

Anônimo disse...

Oi André, concordo em genero, número e grau. Só acho que com relação ao Jequitiba você cometeu um equivoco, a prova de Young que ira ocorrer antes do Jequitiba vai ser uma prova de alto nivel e uma seletiva dentro do processo para a escolha da nova equipe de young para o mundial, Os brasileiros que forem montar nessa prova vão estar ao lado de franceses, italianos,argentinos e uruguaios e poderão trocar idéias e experiencias.
No outro dia haverá o Jequitiba nos moldes tradicionais e que nada impede que os young riders que forem participar da Copa das Nações participem desse evento a não ser pela falta de cavalos devido a sobrecarga de provas nessa época do ano por motivos que todos nós sabemos.
O que nós estamos buscando é fazer um evento no qual teremos duas competições distintas e do mais alto nivel no mesmo final de semana que é o que está faltando no Brasil ultimamente.

Abraços, e parabéns pelo blog

Silvinho Arroyo

Avz disse...

Silvio,
obrigado pelo comentário e pela força!
Nunca tive a intenção de criticar o Jequitiba deste ano, até porque acho que provas importantes e bem promovidas - como está sendo o Jequitibá - são essenciais para que o esporte cresça.
Só comentei que o exemplo daquilo que eu estava defendendo no texto eram as edições antigas, mas nunca quis diminuir a edição atual - ela só não é um exemplo do que está no texto mas continua sendo uma das 3 provas mais esperadas do ano.

Abraço e comente sempre,
André