A explicação para tamanho desespero é a última preocupação da FEI: deixar o enduro mais apresentável. É uma pretensão que faz sentido quando se pensa no crescimento, transmissão, acompanhamento pelo público e sonho olímpico do esporte, afinal tudo isto fica muito mais fácil e eficiente se a imagem dos esportistas for elegante e padronizada. Não faz sentido, no entanto, quando se pensa na atual cultura “pé na lama” do enduro, que não deixa de ser original e natural.
Nesta luta entre desenvolvimento do esporte e manutenção de seu espírito original, normalmente o lado do crescimento e da comercialização leva a melhor. Isto não é necessariamente ruim, por mais difícil que seja mudar nossa cultura (e talvez um dia termos que escolher roupas para montar de acordo com um padrão e não com o nosso gosto / conforto), desde que estes objetivos “maiores” sejam atingidos.