A explicação para tamanho desespero é a última preocupação da FEI: deixar o enduro mais apresentável. É uma pretensão que faz sentido quando se pensa no crescimento, transmissão, acompanhamento pelo público e sonho olímpico do esporte, afinal tudo isto fica muito mais fácil e eficiente se a imagem dos esportistas for elegante e padronizada. Não faz sentido, no entanto, quando se pensa na atual cultura “pé na lama” do enduro, que não deixa de ser original e natural.
Nesta luta entre desenvolvimento do esporte e manutenção de seu espírito original, normalmente o lado do crescimento e da comercialização leva a melhor. Isto não é necessariamente ruim, por mais difícil que seja mudar nossa cultura (e talvez um dia termos que escolher roupas para montar de acordo com um padrão e não com o nosso gosto / conforto), desde que estes objetivos “maiores” sejam atingidos.
2 comentários:
André
Hoje me tomei um descanso obrigatorio depois do almorço para ler teu blog.Meu amigo, você escreve muito bem. Já tinha respondido um comentario seu no mes passado do Forum, e te confeso que fiquei com pena de não ter te conhecido mais a fundo durante nossa experiencia no Uruguay. Não estou aqui para concordar ou discordar, apenas para te dizer que gosto da maneira que você se expresa. Não será a elegancia com certeza que vai inclinar a balança para que o enduro seja olimpico. Uma pena, por que se assim fosse, rápidamente conseguiriamos chegar lá. Como você disse é so padronizar, por que custo por custo... abraço Ivonn
Ivonn,
obrigado pelos elogios, fico feliz em saber que as pessoas gostam do jeito que escrevo.
Quanto à elegância, concordo que dificilmente isto tornará o esporte olimpíco, mas acho que é um passo "natural" para um esporte que deseje crescer.
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